O policial civil Antônio Alves Dourado, 44, que confessou ter matado quatro colegas dentro da Delegacia Regional de Camocim no último domingo, dia 14, tentou explodir o local, segundo inquérito que investiga a chacina no litoral do Ceará.
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De acordo com depoimento, o inspetor chegou a delegacia em uma motocicleta levando um botijão de gás e usou o objeto como escada para pular o muro. Ele pretendia explodir o local com o objetivo de atingir mais vítimas que chegassem a delegacia após a chacina em Camocim.
Na cena do crime, os policiais encontraram uma mangueira ligada ao botijão de gás. Antes da explosão, o policial civil foi para casa de onde fez um vídeo relatando o crime. Em seguida, ligou para um policial e foi encontrado em casa usando as próprias algemas, sendo capturado e levado para o quartel da Polícia Militar.
Após ser preso por uma equipe da Polícia Militar, o suspeito foi conduzido para a Delegacia Regional de Sobral, onde foi autuado por homicídio qualificado contra as quatro vítimas. O inquérito policial foi enviado para a Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina (CGD) dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará.
Mortos
As vítimas são os escrivães Antônio Claudio dos Santos, 46; Antônio José Rodrigues Miranda, 43; e Francisco dos Santos Pereira, 46; e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira, 36; foram mortos dentro da Delegacia Regional de Camocim.

Sindicância
O inspetor Dourado, preso pela chacina, era alvo de uma sindicância na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança (CGD) que apurava a conduta em ocorrência no mês de fevereiro de 2022.
Dourado estava na Delegacia de Camocim quando houve o assassinato de Matheus Silva Cruz, 19. O jovem foi morto quando estava algemado e aguardava para ser ouvido. O caso ocorreu dentro da unidade da Polícia Civil.
Repercussão
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), lamentou as mortes dos policiais civis em Camocim.
“Estou absolutamente consternado diante do trágico episódio ocorrido na Delegacia de Camocim, quando quatro policiais civis perderam a vida após ataque de um colega, segundo registro policial. Manifesto a minha solidariedade às famílias, amigos e profissionais da Segurança Pública do Estado. O Governo do Ceará dará todo o apoio necessário aos familiares das vítimas”, disse Elmano.
Prefeitura de Camocim declarou luto oficial de três dias pelas mortes dos policiais no município do Ceará.